Nesta quarta-feira (21), as cotações para o suíno vivo ficaram estáveis nas principais praças de comercialização. Nesta semana, apenas Rio Grande do Sul e São Paulo registraram mudanças de preços, com baixa nas duas regiões. Em Minas Gerais, Goias e Paraná, as Bolsas de Suínos optaram pela manutenção de preços e seguem com estabilidade.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, direto do XVII Congresso Abraves 2015, o presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), Valdomiro Frreira, explica que houve uma redução na demanda interna e acabou refletindo nos preços. A situação era esperada pelo setor, devido a crise econômica do país, o que interfere diretamente no consumo de carnes. As projeções para novembro também são pessimistas.
Além disso, os custos de produção também é uma grande preocupação para o setor, que enfrenta altas nas cotações de milho e farelo de soja - insumos essenciais na nutrição dos animais. Ferreira explica que em São Paulo a saca de milho é negociada a R$ 34, enquanto há um ano este valor estava em R$ 29. Já o farelo de soja é negociado a R$ 1.300 por tonelada, ante R$ 950,00 em 2014.
Dados da Embrapa Suínos e Aves divulgados ontem (20) também comprovam o problema. O ICPSuíno/Embrapa encerrou setembro com o maior valor registrado na série histórica da instituição, com 195 pontos.
O número é superior em 4,11% aos custos de produção de agosto, que já havia apresentado recorde. No acumulado do ano, o aumento é de 11,53%. A nutrição é o fator que mais influenciou o resultado, com uma alta de 3,96% em relação ao mês anterior.
Fonte: Notícias Agrícolas