Na quinta-feira (03), as cotações para o suíno vivo voltaram a registrar estabilidade nas principais praças de comercialização. Nos últimos fechamentos alguns estados registraram altas e esboçam reação, após semanas de pressão. Porém, grande parte das regiões registram cotações estáveis. Já em Santa Catarina, a nova referência deve ser definida ainda nesta semana.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista do Cepea, Augusto Maia, aponta que a carne suína é a mais competitiva em relação as demais proteínas, devido a desvalorização nas últimas semanas. “Todavia o consumo dela ainda não deslanchou no mercado. O consumidor brasileiro ainda não tem o costume de comer carne suína in natura, tendo o costume de consumir os embutidos”, explica Maia.

Além disto, nem mesmo as exportações com volumes positivos têm trazido grandes melhores para os suinocultores. “É claro que o aumento dessa quantidade tem um reflexo muito grande no mercado interno, só que em proporções ele não chega a corresponder a um grande volume que possa causar falta de oferta no mercado interno”, acrescenta o pesquisador.

Em fevereiro foram embarcadas 43,8 mil toneladas de carne suína in natura, segundo dados de Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com média diária de 2,3 mil toneladas, o resultado é superior em 17,9% as exportações de janeiro e 88,9% em relação a fevereiro de 2015. Em receita, os embarques somam US$ 77,3 milhões, acréscimo de 15% ao resultado do mês anterior e aumento de 27,1% ao mesmo período do ano passado.

Fonte: Notícias Agrícolas