Após um primeiro quadrimestre bastante complicado, o mercado brasileiro de suínos começa a apresentar sinais de recuperação. O mercado interno aquecido, somado aos excelentes resultados das exportações, tem contribuindo para a redução dos estoques, gerando espaço para alta das cotações no decorrer do mês de maio. A avaliação é do analista de Safras & Mercado, Allan Maia.
“Novos reajustes são essenciais para amenizar os custos e trazer rentabilidade para atividade. Apesar das altas registradas ao longo do mês, suinocultores trabalham ainda com margens apertadas e em muitos casos negativas”, explica o analista.
O principal componente utilizado na ração animal, o milho, segue com oferta restrita em todo o território nacional, o que deixa a cotação em patamares recordes.
A perspectiva para as próximas semanas é de continuidade do movimento de alta, uma vez que o apelo ao consumo tende a ser maio durante a primeira quinzena de junho. O frio intenso na região Centro-Sul deve favorecer também a demanda no período.
As exportações de carne suína do Brasil renderam US$ 80,2 milhões nos primeiros 15 dias úteis de maio, com média diária de US$ 5,3 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 39,1 mil toneladas, com média diária de 2,6 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.051,70.
Na comparação com a média diária de abril, houve ganho de 6,9% na receita, baixa de 1,5% no volume e alta de 8,6% no preço. Em relação a maio de 2015, ocorreu uma elevação de 2% na receita, ganho de 28% no volume e queda de 20,3% no preço.
Fonte: Agência Safras