O consumo doméstico e as exportações de carne suína brasileira deverão continuar fortes ao longo do quarto trimestre do ano, apesar do aumento de preço do produto motivado pela alta da demanda e dos custos de grãos cotados em dólar, informou o Rabobank nesta semana.
“Os preços de grãos deverão ser impactados pela valorização do dólar norte-americano ante o real brasileiro, o que deverá, por sua vez, ter algum impacto na indústria de suínos no curto prazo”, disseram analistas do Rabobank, em relatório.
“No entanto, os reajustes de preços e o cenário positivo para as exportações de carne suína brasileira deverão manter as margens (de lucro) no caminho certo tanto para a indústria integrada quanto para os produtores independentes durante o quarto trimestre”, completou.
Reajustes de preços de carne suína reduziram a diferença de custo do produto ante a carne bovina. Enquanto no primeiro semestre era possível comprar 2,1 quilos de carne suína para cada quilo de carne bovina, atualmente compra-se 1,4 quilo de carne suína para cada quilo da bovina, segundo o Rabobank.
Esse reajuste de preço foi, em parte, impulsionado pelo aumento da demanda pelo produto, sendo que o consumo interno cresceu ao mesmo tempo em que as exportações passaram a subir fortemente desde julho.
A alta no preço da carne suína não deverá provocar diminuição no consumo interno do produto nos últimos três meses do ano, segundo o Rabobank.
“Apesar do realinhamento de preços, o consumo de carne suína no Brasil deverá manter-se firme durante o quarto trimestre, como consequência da atual fraqueza na oferta de carne bovina – que deverá continuar até o primeiro semestre de 2016”, disse o Rabobank, ao acrescentar que as festas de fim de ano tendem a ajudar na manutenção do forte consumo do produto.
As exportações de carne suína também deverão continuar firmes, informou o Rabobank. As vendas externas do produto sobem 6,2% no ano, até setembro, a 393,4 mil toneladas.
Fonte: http://www.suino.com.br/